
Enquanto todos saem dos fundos da cabana rumo a floresta, Calandro ainda pode ouvir as vozes que procuravam por Alaxcabel - Melhor partirmos depressa... essas criaturas podem nos ver - Pensou o jovem - Qualquer aliado da grande feiticeira seria o suficiente para deter um aprendiz atrapalhado, um escravo resmungão e um reles mensageiro.
Parthus e Slavus, preocupados com o caminho, nem olharam para trás. Nem se quer ouviram vozes e passos. Calandro, por conhecer melhor o caminho para o pântano, estaria na frente, mas mudo, ansioso, tendo a nítida sensação de que estava sendo seguido, mas não podia ver ninguém atrás deles.
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O grupo aperta o passo mata adentro. As grandes árvores se misturam a vegetação rasteira iluminada pela pouca luz do entardecer.
Aos poucos tudo começa a mudar, o clima se torna mais pesado, a noite chega fria e solitária. O Pântano de Tellorius está próximo, é melhor para para descansar.
Calandro olha desconfiado por todos os lados, aquela sensção estranha ainda não o abandonara.
Resolvem parar próximos de algumas pedras côncavas que, devido ao sereno e à umidade, guardavam uma boa quantidade de água para todos. O local era bem coberto pelas árvores e a única abertura para o céu permitia que a luz da lua cheia e o reflexo das estrelas iluminassem claramente.
Slavus deitou-se cansado e com muita fome e logo dormiu profundamente, sem forças para pedir comida. Parthus usou sua magia para criar uma fogueira e aquecer seu corpo enquanto arrumava algum lugar para deitar-se . Calandro tomou um pouco de água e encostou-se em uma arvore; observava cada espaço, e ouvia atentamente todos os barulhos da floresta e de todos os seres notívagos.
Ele estava deveras confuso, as vezes sentia que aquela era sua hora, a chace de mostrar seu espírito de cavaleiro. Mas também sentia medo, sentia vontade de voltar à Caliu e avisar a Guarda Real de que todos os habitantes de Treshold havim sumidos e que a Alma do Grande Mago estava presa com Alacxabel.
Eram muitas perguntas e muito pouco tempo para pensar. O jovem mensageiro pega no sono e só a floresta poderia decidir o futuros daqueles garotos...
Calandro sentia algo empurrar seu braço, mas o sono não o deixava abrir os olhos. Dizia algumas palavras sem nexo, palavras que só faziam sentido em seu sonho.
Um cutucão mais forte empurrou Calandro e o derrumou no chão.
Que inferno, parthus!! O que você quer??? - exclamou ainda de olhos fechados.
Quando abre os olhos, vê Parthus e Slavus dormindo exatamente onde estavam.
E ao seu lado...
... Calandro pode ver algo translúcido, uma luz mística que confundia a visão do jovem mensageiro.
- Olá Calandro.
- Quem é você? - Perguntava aflito.
- Sou o Grande Mago, tenho pouco tempo e preciso lhe transmitir uma mensagem...
- Mas porque eu? Vou chamar Parthus e...
- Não Calandro, você é o escolhido. Ouça o que eu tenho pra lhe falar...
...Slavus estava certo. O pantano está repleto de criaturas famintas e perigosas. Vocês precisam encontrar outra maneira de me libertar. Peça a Parthus que utilize sua magia. De qualquer maneira, mande Slavus te guiar até a torre das pedras ocas, onde minha alma está aprisionada. Alaxcabel é forte, e poderosa, mas tmbém tem o seu ponto fraco... Eu que não pude descobrir a tempo...
- qual é, então?
... Como em um passe de mágica o Grande Mago desapareceu sem deixar vestígios. Os estalos da pequena fogueira se misturam as sombras do velho pântano. Calandro estava novamente sozinho e sem saber o que fazer, seria essa visão uma armadilha da maquiavélica Alacxabel? Ou seria mesmo o Grande Mago tentando avisar algo?
Era uma decisão importante demais para um jovem mensageiro...
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